Coronelismo, é um termo utilizado para definir uma estrutura política que começava no meio político municipal e se estendia para o federal. Está presente na política federal desde o império quando os coroneis se aproveitando da importância da agricultura na economia se impunham no setor político. O voto de cabresto, significa que todas as pessoas que moravam em determinada fazenda sob o dominio de determinado coronel, era obrigado a votar no político que fosse indicado por este coronel.
Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.
Answers & Comments
Verified answer
Coronelismo, é um termo utilizado para definir uma estrutura política que começava no meio político municipal e se estendia para o federal. Está presente na política federal desde o império quando os coroneis se aproveitando da importância da agricultura na economia se impunham no setor político. O voto de cabresto, significa que todas as pessoas que moravam em determinada fazenda sob o dominio de determinado coronel, era obrigado a votar no político que fosse indicado por este coronel.
Introdução
No inicio do perÃodo republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a polÃtica era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros).
CaracterÃsticas do coronelismo:
- Voto de Cabresto: na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.
- Fraude eleitoral: os coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações.
- PolÃtica do café-com-leite: no começo do século XX, os estados de São Paulo e Minas Gerais eram os mais ricos da nação. Enquanto o primeiro lucrava muito com a produção e exportação de café, o segundo gerava riqueza com a produção de leite e derivados. Os polÃticos destes estados faziam acordos para perpetuarem-se no poder central. Muitos presidentes da República, neste perÃodo, foram paulistas e mineiros.
- PolÃtica dos Governadores: os governadores dos estados e o presidente da República faziam acordos polÃticos, na base da troca de favores, para governarem de forma tranqüila. Os governadores não faziam oposição ao governo central e ganhavam , em troca deste apoio, liberação de verbas federais. Esta prática foi criada pelo presidente Campos Sales (1898-1902) e fortaleceu o poder dos coronéis em seus estados.
Fim do coronelismo
Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.