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Olá bella! Com muito gosto faço questão de participar desta linda pergunta, com cheiro de casa cheia. Grato pela menção.

Para mim, pratos de infância reuniam a família e parentes em volta da mesa. Nos nossos sábados era a pizza! Mistura criativa e fecunda de farinha e água, fermento e sal, amassada e esticada para amolecer e acostumar com o formato redondo tradicional e imperfeito. Assada em brasa ou em forno potente, recheada com fatias generosas de tomates italianos, queijos em fatias grossas, orégano, azeite, alho, lhes apresento a Pizza marinara! Ou a Pizza Margherita decorada com as cores da bandeira italiana, mussarela, tomate e manjericão, dedicada à rainha Margherita de Sabóia. Toda pizza de massa grossa como a original, esmeradamente confeccionada pelas mãos calejadas do meu pai, que voltava a massa depois de recheada ao forno para misturar e fundir os sabores, a pizza é habilidade do homem na italia, assim como o churrasco aqui no Brasil.

Lasanha unicamente com carne, molho e queijos rusticos, decorados com manjerião e o gratinado do fogo forte do forno de minha mãe. Servido em cumbucas individuais para não se perder o molho que se misturava ao queijo derretido e escorria pelas bordas. Quando a lasanha acabava, o pão italiano em pedaços partidos com as mãos colhiam o molho restante, tão precioso como a massa.

Em noites frias a familia se reunia em volta do Minestrone alla Milanese, três horas onde cebolas brancas, gorduras e bacon eram fritos para receberem as batatas, salsão, toucinho, repolho, tomates maduros, cenouras, ervilhas frescas, feijões de molho na véspera, arroz ou macarrão e abobrinhas. Temperadas com manjericão, salsa, sálvia, alecrim, sal e pimenta. O repolho e o arroz ou massa nós últimos 20 minutos. Tudo cozinhava lentamente reunindo a todos na cozinha, uma desculpa para conversar e tomar um café com pão de queijo mineiro.

A sopa era servida com queijo parmesão ou grana e pão italiano amanhecido, o mesmo da mãe do Kaká hehehehe. A cozinha cheirando a comida de mãe, quente pelos vapores aromáticos e pela preciosa união familiar, era testemunhada por olhos infantis que jamais esquecerão esta tradução da comida com amor daquela mãe amorosa e sensível com seus filhos que nos aquecia as noites frias com esta sopa trabalhosa.

Dou a razão ao Douglas quando se refere a afeto e comunga com comida.

Kaka nem notei que tem descendência italiana, hehehehehehe nossas mães devem ter se conhecido, pimentão recheado era o nosso feijão.

Bianchini sua proximidade com a Itália é mais recente que a minha certamente. Ler-te me deu saudade até do que não provei, sua Itália gastronômica virou uma poesia. Belo! E sua receita é com certeza saborosa e escrita com muita sensualidade.

É a primeira vez que leio o testemunho gastronômico dentro da visão oriental, foi uma surpresa a família tão aberta, um costume que imaginei ser mais italiano que japonês, e encheu minha vontade de ir à busca de receitas orientais. Sua família Dandi, era maravilhosa!

Os colares de balas só poderiam surgir da mente de um pai tão puro quanto sua filha. Um pai que precisava criar outros meios para exprimir esse amor que era imenso!

Curiosamente nunca provei uma rapadura, mas está na minha lista de ousadias culinárias. Um prato que nunca arrisquei provar é a dobradinha, apesar das misturas com riqueza de temperos, o aroma sempre me colocou a um passo atrás. Apesar disso a curiosidade com o sabor é grande.

A simplicidade da comida bem feita em panelas brilhantes da Ivone me comoveu juntamente com todas as outras respostas que se pronunciaram com todo o respeito que a autora da pergunta merece.

O amor nunca foi tão belamente transparente traduzida com receitas confortáveis como disse a Dandi e a frase do Douglas repetida pela Bianchini finalizaria bem todas as respostas.

Vou ousar dizer que esta é a pergunta mais bonita e que trouxe as mais poéticas memórias que já vi aqui no Yahoo e nos vários fóruns onde me informei. Aqui pude confirmar nossa abundância e variedade culinária. Apesar de ter noção desta diversidade, nunca havia presenciado desta forma em uma integração informal, simples e saborosa.

Aqui temos a Itália, França, Alemanha, Portugal, Japão e claro o nosso Brasil que fundiu todas as gastronomias e retemperou toda a gente e fez das nossas aventuras gastronômicas uma das melhores do mundo, opção aqui nesta terra de gente que tem em si, um pouco do mundo todo, é farta, bonita e gostosa.

Estes apanhados de receitas e pratos viraram uma reunião da ONU, hehehehehe

Bacio bella Mel! Abbracci amici!

Depois desta festa gastronômica do Kaka, Pink e demais, o meu prato vai ser considerado acanhado... Gosto de quiche de espinafre e os pratos italianos do Kaka são sempre bem vindos.

Como disse o Kaka, podemos verificar as variedades que esse país pode usufruir com os pratos bem descritos por todos.

Minha mãe é vegetariana e boa cozinheira. Então o prato que me leva a infância é aquele que ela fazia no dia a dia.

Risoto de arroz integral com cenouras, verduras , temperos e shitake, aliás, gosto muito de shitake até hoje. Arroz integral, feijão, salada de folhas, tomates, vagens, palmitos, cogumelos, legumes, cebolas e muito azeite bom. Salada de soja com azeitonas, azeite, ervas, tomates, cebola picada e cenoura ralada. Um molho de soja à parte ou de iogurte com limão.

Nosso lanche durante o filme faria o Kaka sair correndo... Em geral pepinos, cenouras, salsão, agrião, tudo fresco em volta do prato com uma molheira feita de iogurte, ervas, limão e outros temperos. Também torradas e pastas de vários sabores. Soja torrada com sal, frutas em pedaços com molho de laranja engrossado no fogo com algo que não sei.

Bolo de maçã também não faltava em casa, feita com várias maçãs inteiras, cavadas no meio e regadas com mel, canela e coco ralado, espalhadas pela massa integral adoçado com açúcar mascavo, o bolo era aquele com furo no meio e regado com calda de caramelo.

Minha avó fazia bolos com recheios, todos os sabores e o melhor café do mundo.

Minha tia paterna faz a melhor torta de maçã, Apfelstrudel, com amêndoas, passas e nozes, manteiga, canela e baunilha verdadeira. O recheio é farto e enrolado em massa tão fina que no preparo da para ver a transparência. Ela fazia nas férias de julho, meus primos e eu ajudávamos a esticar a massa por cima da toalha rendada, tinha de ficar fina o suficiente para a gente poder ver os detalhes da renda branca. Espalhava o recheio com exagero e enrolava com ajuda da toalha, então ajudávamos a colocar na pá de madeira que iria ao forno à lenha, nunca caberia no forno de um fogão convencional. Duvido que adivinhem o aroma... Sempre servido como lanche junto a um bom café encorpado, pois é impossível comer só um pedaço. Quando servido como sobremesa em festas, o chantilly ficava à parte para cobrir a torta.

Nas manhãs frias na serra gaucha, o pão alemão, Dampfnudeln ficava perfeito com geléia de amora ou manteiga fresca e um café coado na hora. Este pão não é assado no forno, é assado na panela com leite, parece estranho, mas fica muito bom. Também wafles de massa caseira, tostados por fora e macios por dentro, bolo cuca e embutidos comidos com pão preto denso.

Bom, penso que fui mimado pelas mulheres da minha família, assim como todos aqui. Memórias acolhedoras e convidativas, que desperta muito mais que sentidos gustativos e olfativos, mas afetos gastronômicos.

Gosto de falar de comida... É assim que me recordo da infância.

Grande abraço Kaka, Pink, Mel e a todos que encorparam esta pergunta da Mel, parabéns a todos!

Ah Pink, bolo de maçã macio e simples é o melhor com café, as sobremesas do qual falei são boas só de vez em quando e penso que minha tia é única para pratos alemães, por isso nem pensar Kaka, não empresto nem por um minuto.

De fato Mel, forno a lenha é um privilegio, bom para pão, para defumar, para doces pesados, pizzas, cozidos de 12 horas, não sei se já provou, mas meu pessoal do lado alemão é louco por carne e selam uma panela de barro para cozinhar lentamente por 12 horas várias carnes com temperos em companhia de um arroz carreteiro. Gosto muito e prefiro uma fornada de legumes, vários legumes diversos inteiros regados com azeite, pedaços em metades de tomates, cebolas roxas, sal grosso e um buquê de ervas, tudo isso assado no forno a lenha ao ar livre é bom e não sei descrever quanto. Esta sua pergunta rendeu muita coisa boa. Simpático o pessoal que interage.

Beijo

Guardando meu lugar e estrelando a pergunta viu! Voooolto, preciso trabalhar ou levo chibatada!

Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

O passaporte para a minha infância é feito pelas preciosas e pequeninas mãos da minha avó. Um pastelão ou quiche, feito com ovos, queijos em pedaços, verduras picadas, perfeito para um lanche e se finalizado com um bolo de maçã bem simples e macio é um confortável abrigo do frio! Nunca faltou junto ao bolo de maçã, o chá feito de cascas de maçã, minha avó aproveitava tudo, e juntava as cascas já bem lavadinhas com cravos, 3 estrelinhas de anis e açúcar e transformava tudo nesta poção de aconchego dentro da água bem quente. Tudo feito por ela, ninguém jamais conseguiu imitar.

Agora o melhor lanche feito por meu pai. Whawhwahwahwahwahwa Não fiquem com nojo, alto lá, é do meu papa!

A gente fazia este sanduíche escondido, porque a minha mãe ameaçava com longos discursos sobre colesterol e adiposidades, whawhawhawhwahwa

No meio do pão, meu pai colocava batata frita comum, não do tipo palha, muuuuita batata frita caseira, mostarda Dijon, pimenta preta moída na hora, várias fatias de carne fatiada bem fininha, (rosbife) e por cima uma camada de maionese, nhammmm wahwahwahwahwahwa. Geeente ainda não acabou! Ele passava linha grossa na agulha, e espetava balas bem molinha de algas de vários sabores de uma marca japonesa e me colocava o colar para comer depois do hiper calórico lanche. Apesar de me sentir linda com o colar super original, acabava sempre por devorar as lindas balinhas transparentes. Ai eu amava comer assim, mas esta refeição prá lá de estranha só acontecia quando mamys não estava em casa.

Adorei saber dos lanches de cada um, geeente não sou apenas eu a estranha! Essa conversa toda me deu uma fome...

Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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Com o meu pai por perto Mel eu tinha de me defender né. Aos gritos sempre! Brega é a mãe! Whawhwahwahawhwahwahwa O colar é uma boa lembrança dele, uma vez pedi para ele fazer um colar de bala de doce de leite e tadinho... Ele já fez guirlanda de natal com bombons sonho de valsa, ficou um rosa lindo!

Anis é delicioso no chá, na comida indiana e chinesa, tem um cheiro maravilhoso e minha avó quando tem de sobra, carrega um pouquinho em saquinhos e pendura no pescoço, ela fica com cheirinho de anis. Também perfuma a bolsa assim. Elas têm um formato de estrelas que eu amo!

Noooossa! O Kaka não tem fundo ou tem o melhor sistema digestivo que já ouvi falar! Estômago de avestruz foi boa Mel, wuwhwahawhwahwhwahwahwahwa

Mas que filme é esse Kaka? Titanic? Não vai me falar que tudo isso foi em duas horas! Whwahwahwahwahwahwhwahwa

Mel eu prefiro o peru que o fígado... Geléia de mocotó é uma delicia e o doce também!

A Ivone lembrou uma coisa que eu adoro, bolinho de chuva e rabanada né Mel! O cardápio das pessoas que responderam aqui é bom demais guria! Adoro pamonha e comer em volta de fogueira é um luxo para a gente que vive sempre na cidade...

Tutu de feijão comi em São Paulo quando tinha 12 anos, adorei, um prato hiper forte! Mel esse leite fresco e café coado na hora me deram vontade, daqui vou direto para o café! Hummmm! Esta pergunta ta boa demais, bombou geral!

Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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Ihhhhh Douglas, espera que vou pegar meu humilde pedaço de bolo com raspas de maçã, farinha, açúcar e ovos e vou me retirar escondidinha daqui, hawhawhwahwahwhwahwa

HummmmmmEu já provei esta sobremesa alemã, sem a baunilha verdadeira e sem as amêndoas e as mãos de sua tia, divina! Imagina a da sua tia! Fiquei curiosa com essa receita de pão alemão, muito prática que ela é de não ir ao forno, não faço ideia de como é o preparo e acho que o sabor deve de ser bom com um chazinho. Vou procurar uma receita, mas se a tiver em mãos, posta viu!

Mel essa sua pergunta tem trazido para nós respostas que são um verdadeiro atentado contra o bom comportamento à mesa... Depois de ler tanta gostosura a vontade é encher uma mesa com tudo que contaram e comer como o Kaka wahwahawhwahwahawhawhawhaw

Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx guria arrepio, Kaka, a todos e ao Douglas que caprichou muito mais aqui do que em minha perguntinha, ah deixa viu... Vingar-me-ei! whawhwahwahwhwhwahwahwa

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E como a gente se diverte Mel! Nooossa eu adorei o sucesso desta pergunta! Mel só respostas boas, as melhores respostas do Yahoo estão todas aqui na sua pergunta! E não é à toa, sua simpatia, educação e bom senso atrairam tudo isso! Parabéns Mel! Como disse o Julian aqui parece uma reunião da ONU! whwhwahwahwhwawhwahwahwa

Geeente quanto capricho! Adorei passar um tempo aqui para ler tanta coisa gostosa e bem escrita! Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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Mel esta pergunta eu vou guardar, se tiver um filho enjoado para comer, leio tudinho para ele, quem é que resiste guria? É a pág. do Yahoo mais linda que já vi! Adorei esta pergunta e já sinto pena dela ter fim, assim como tive pena daquela pergunta do Arlindo Orlando, whawhawhwa Minha avó queria saber as quantidades na receita da Bianchinni e a receita da geléia de cenoura da Dandi, o pão alemão eu já achei na net viu Douglas, a torta eu acho que a gente não acertaria jamais, por causa do forno e da massa tão fina, espero que eles tenham oportunidade de voltar para nos contar. A receita do Minestrone do Julian será aproveitada nos dias frios desta terra que representa o mundo todo e na serra já tivemos neve, pois é... Vai ser dura a despedida dessa gente toda aqui, já estou com saudades... Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Ciao! Oh Mel! Entrei na sua questão através da resposta da Pink...

Il mio piatto preferito è... mmmmmmm!! Tagliatelle com cogumelos, cuscuz com legumes, pasta ao pesto, fettuccine à carbonara, espaguete com molho de tomate, omelete com aspargos e alcachofras, lasagna, costeletas de porco, tortas de amêndoas com calda de framboesas, risoto com cogumelos e queijos, milanesas com arroz camponês e saladas de rúculas, agrião, cenouras cruas raladas e pepinos fatiados finos, salada de alface e os pimentões do Kaká!

Minha mãe é uma artista, que interpreta as receitas que celebram o alimento, usando frutos da terra, da natureza com instrumentos de seu pequeno atelier que é a sua cozinha com armário feito a mão e bancada de madeira gasta pelas amaciadas e os cortes dos temperos.

As culturas de sua terra e de seus ancestrais estão vivas na nossa alimentação diária, onde é nítida a sensação de tradição culinária. O alimento é sagrado e como tal respeitado com a manufatura raiz da cultura camponesa dos meus parentes, com uso da história onde ainda pegamos pão abençoado no dia de Santo Antonio. Culinária que evoca a degustação do bom presságio, dos frutos sazonais, da variedade das misturas italianas e brasileiras, meu pai ainda agradece o prato na mesa todo santo dia, como fazia seu pai e o pai de seu pai na velha Toscana.

Minha mãe na cozinha é memória e guardiã do patrimônio cultural culinário, não por desprezar nossa rica cozinha, mas por amor ao Brasil, país que lhe deu novas oportunidades e ela agradece cozinhando receitas que não se impõe, mas que busca contribuir com o verdadeiro Brasil que não é negro, índio ou branco. É acolhimento, que adota todas as culturas, aqui tudo se integra.

Assim como finalizou lindamente o Douglas ” Memórias acolhedoras e convidativas, que desperta muito mais que sentidos gustativos e olfativos, mas afetos gastronômicos.” A comida da minha mãe representa a paixão que ela nutre por todos nós. Principalmente aquelas que eu comia na infância.

Viajei nestas respostas juntamente com sua bela pergunta Mel! O Kaka tem estômago de italiano, rsss. A Pink é tão linda com suas memórias afetuosas dedicadas ao seu maravilhoso pai. Conheço todos os sabores dos pratos que o Douglas nos deliciou, minha família sempre morou perto das colônias alemãs, e os cheiros daquelas casas de bonecas eram sempre doces ou de comidas fortes. A polenta da avó da Vanessa é meu almoço nos dias que não quero comer massa ou arroz. Os cacetes de pão do Jonny meu pai devorava com salame e vinho, pedaços de queijos para comer com a mão não podiam faltar junto a este lanche simples onde os amigos estavam sempre presente. As comidas da Ivone são carinhos de mãe e avó, esta viagem me deu muita paz Mel.

Em troca quero oferecer minha receita favorita de pasta italiana.

Em uma panela velha, doure a cebola finamente picada, em respeito às tradições frite em azeite. Misture com mãos femininas, até que o aroma se desprenda adocicado, e junte picados carnes suínas e bovinas, “que o Douglas e a Giuliana me perdoem”, quando o azeite escurecer e o cheiro encorpado se juntar ao barulhinho indescritível da fritura, regue com a oferenda dos Deuses, um cálice de vinho tinto, os gritos da mistura são de alegria, deixe que borbulhe e o calor desprenda o álcool e se prenda ao doce e ao aroma do vinho. Componha com belos tomates picados bem vermelhos e maduros, acentue o vermelho com um extrato de tomate, salpique com sal e pimenta e deixe tudo maturar no fogo lento por 20 ou 30 minutos, incomodando com uma colher de pau para que não grude no fundo da panela e os sabores se distribuam generosos por todo o molho. Quando o calor e o vapor atiçarem os apetites, desligue o fogo e deixe que descanse com tampa pesada e coberta com panos de cozinha.

Ferva a água com sal, ramos de manjericão e um fio de óleo e cozinhe a massa all dente. A tentação de colocar óleo na água pode ser grande na esperança da massa não grudar. Nunca façam isso, é pecado! A massa não gruda se for de boa qualidade e a água for abundante. O óleo contribui para que não se faça uma orgia na panela, mas em demasia, impede o molho de se agregar e abraçar a massa, impregnando de sabor e cor.

Assim que passar a massa para retirar a água, coloque em travessa refrataria e por cima o glorioso molho. E em gesto de devoção, derrame por cima com magnificência o queijo ralado,pedaços de mussarela de búfala, manjericão, pão ralado e abençoe com azeite extra virgem. Leve ao forno por 20 minutos ou até que o aroma provoque instintos gulosos.

Sirva com pão amanhecido exatamente como a receita da mãe do Kaká , esfregue o pão com entusiasmo no azeite com alho e orégano. Arrume o vinho na mesa e decore com copos, cor e sabor e esta pasta italiana para se comer rezando.

Un mondo di baci a tutti! Um bacio grande a te! Bacio Douglas, Pink, Kaká, Jonny, Vanessa e outro grande para o bambino MIGUELITO!

Arroz, feijão, bifes e fritas tem cara de mãe, tem cara de criança.

Macarronada com frango no domingo, tem cara de família reunida, crianças brincando enqto o almoço esta no fogo... bolinho de chuva, bolo simples, pão com manteiga molhado com café à tardinha com as crianças de banho tomado, cabelos penteados, experimentando bolinhos de arroz e loucas para ir até a rua gritar, correr e fazer arte e os doces... manjar, rabanadas e raspar a panela de brigadeiro, tem coisas da infância que a gente carrega como verdadeiro tesouro, são essas lembranças, o raspar panela e até mesmo aquele cheirinho da comida de mãe, o prazer de lembrar o sabor único da comida de uma tia...

Sabe eu era pequena e uma vez estava brincando na casa de uma amiguinha e a mãe dela nos chamou para almoçar, tudo era muito simples, mais as panelas na mesa brilhavam tanto, o caldeirão com feijão de uma cor tão bonita e ela serviu o arroz, feijão, bifes de figado na manteiga, farinha, banana e salada de tomate picadinha com cebola... o cheiro de comida fresca que dominava a cozinha, aquelas canequinhas brilhando cheias de tubaína, marcaram na minha memória, foi um momento inesquecível, que disseram que as pessoas podem ser pobres, mas que qdo fazem as coisas com amor e dedicação,transformam a vida... isso me lembra a infância tbm.

Pergunta boa! Volto depois, meu horário de almoço passou correndo kkkkkkkkkkk

Beijão!

Mel comida com sabor de infância é sempre aquele simples feito pela nossa mãe ou avó e pelo visto todos aqui concordam.

Acho que o arroz e feijão, escarola refogada, bife, salada mista, batata corada e pimentão recheado é a cara da minha infância. Lasanha aos domingos, com recheio de presunto, queijo, carne, gratinado com queijo e molho era sagrado. A salada para ser mais pesado este almoço ainda tinha de ser feita com maionese de legumes e não podia faltar a carne à milanesa e salada de alface e rúcula.

O cheiro de guaraná que a Vanessa comentou foi bem engraçado, esse cheiro eu lembro bem e neste lanche eu comemorava quando encontrava um salgadinho de pacote, mas era raro. Minha mãe fazia sanduíches embrulhados com papel alumínio e ficava dentro de um saquinho com desenhos e não faltava a toalha com estampa de algum personagem de desenho animado.

No frio o sopão italiano é claro! Tudo em pedaços grandes, a sopa era tão farta que a disputa era pelo caldo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ela fazia o pão antecipadamente para depois servir como acompanhamento com manteiga, alho e orégão no almoço do dia seguinte, era obrigatório ser o pão amanhecido. Geralmente o pão era feito às 22 horas, nossa hora da ceia. Antes de escovar os dentes para dormir, havia sempre uma fatia de pão quente italiano com manteiga derretendo e um bom copo de leite à nossa espera, para a minha irmã um prato de mingau neston, o cheiro deste mingau me faz lembrar a casa da minha mãe com todo mundo reunido e ela brigando para a minha irmã comer mais uma colherada. Aquela barulhada alegre de família feliz.

Um abração Mel, Pink e a todos nesta pergunta

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Mel essa história de comer só natureba é correto, mas nada como abusar de vez em quando das comidas de verdade kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Salada de maionese e pimentão recheado não podem faltar um mês sequer. Para compensar nosso arroz e feijão acompanhado de legumes, saladas de folhas e carnes fazem a turma do bem durante o ano! E sou fã daquele ovo estrelado molinho por cima de tudo!

Eu já comi rapadura, aquilo é um fortificante! Maxixe ou machiche já comi refogadinho, gostoso tem gosto que puxa ao pepino, minha opinião Cookie. Mel eu também sou fã de milho cozido regado com manteiga e sal, nada mais gostoso que comida simples. Esse sanduíche da Pink não me deu nojo não, deu é vontade! Tem dia que invento lanche assim para não precisar fazer almoço. E o bolo de maçã com chá tem cara desse frio que fez por aqui... E como o Jonny disse o frio aguça qualquer fome o que torna toda comida mais gostosa.

Canjica, polenta, pamonha, arroz doce, bolinhos de chuva, sonho, macarrão, tudo isso é a cara de casa, tanta variedade de comida só pode ser dessa mistura toda de que somos feitos. Privilegio é ou não é?!

O relato da Ivone foi para enriquecer mais essa nossa conversa, bom demais Ivone e com toda a razão!

Também gostava de assistir aos filmes alugados comendo pipoca na manteiga, guaraná, sanduíche de mortadela ou salame, pão de queijo, café com leite e brigadeiro de panela, e tudo isso em um filme só! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijão e um abração para a galera!

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Mel e Pink, comer é uma das melhores coisas do mundo!

E essa pergunta só provocou salivação, meu apetite com esse frio e essas respostas está bem grande, ainda mais a essa hora!

Douglas, não correria do seu lanche de filme, mas da soja pode apostar que rejeitaria. O meu filme meninas é de duas horas, se fosse titanic o lanche dobraria.

Douglas com todo o respeito, pode mandar sua tia via sedex? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bom findi galera, força no pensamento para aquele pessoal do Rio de Janeiro, bom descanso para todos!

Valeu, beijão!

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Obrigado por tudo Mel e a todos os comentários sobre o pão da minha mãe, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Depois volto para comentar mais, mas por favor MEL, fecha logo a pergunta que tenho medo da zica do Yahoo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Essa galera respondeu MUITO! Não queria tar na sua pele Mel, caracas... Até receitas deram... e que receitas!!!!

Beijão pessoal, valeu por tudo!

Olá Mel, permita me participar de sua festa, cheguei até este endereço através de um amigo que considero um filho, e me surpreendi com esta aconchegante exposição gastronômica afetiva, como ele mesmo disse.

E animada pela interação e multiplicidade de pratos típicos de vários locais do mundo, resolvi falar dos meus pais e sua cultura oriental.

Minha mãe e meu pai eram ambos nascidos no Japão. Apesar disso eram os dois muito receptivos e amigáveis, pois minha casa emitia cheiros, cores e músicas o tempo todo, era muito diferente das outras casas do bairro, a porta da casa estava sempre aberta e todos eram livres para entrar e ficar para o chá.

Cedo era servido chá mate e chá indiano, também café fresco e leite quente, pães, torradas, bolachas Maria e Maisena, geléias e manteiga fresca. Minha casa nunca ficava vazia, já pela manhã as pessoas entravam e tomavam o café com a gente. Confesso que muitas vezes tomei café um pouco contrariada, pois não conhecia ninguém que ocupava nossa mesa. Outras vezes tomava meu chá correndo e comia meu pão no portão de casa, era timidez e não antipatia.

No almoço meu pai fazia frituras, geralmente de sardinhas e pescadas e novamente a casa ficava cheia. Aos finais de semana, pasteis eram confeccionados com fartura de recheio, distribuídos pela vizinhança, mania que meu pai fazia questão de ter e em troca, a casa era invadida por cestos de goiabas, laranjas, geléias, bolinhos, doces, bolos e pratos italianos, espanhóis, portugueses e nordestinos que os vizinhos faziam questão de levar, um intercambio culinário gostoso e interessante.

Meu alimento conforto era o arroz branco servido com conservas de gengibre e ameixas, vagens com cogumelos, tofu com carne,( Shiitake iri Teppanyaki), shitake grelhado com temperos de shoyu, saquê e manteiga para grelhar, (Nikujaga), um tipo de cozido japonês com batatas, carnes, cebolas, itokinhaku, uma massa japonesa, cebolinhas, saquê, shoyu e outros temperos.

Nosso macarrão era feito em casa e cortado com uma máquina antiga e secada em um canto da cozinha, penduradas em um tipo de varal. Secas podiam ser facilmente armazenadas. Depois de cozido, era mergulhado em molho oriental com cebolinhas, gengibre ralado e pimenta de raiz forte. Na mesa era servida salada de lulas, berinjelas grelhadas, nabos em conservas, refogados de acelga com gergelim e sopa de pasta de soja, o missoshiro que tem sido responsabilizado pela imunidade de algumas vitima da bomba atômica.

Em dias de festas era servido sushi de vários sabores, salmão, atum, pepinos. Conservas variadas, saladas, cozidos e grelhados. Espetinhos de Frango –(Yaki Tori), Pargo Assado (Tai no Sugatayaki), sashimi, mochi, salada de soja, (Painappuru Kinton) doce de batata doce e castanhas portuguesas e Espuma de Neve (Kinami Awayuki), doce feito de Agar Agar, extraído de algas marinhas, com sabor e consistência semelhante à gelatina. Saquê e chá verde quente.

Meu pai examinava os ingredientes com os óculos quadrados e vestia o avental e se aventurava na cozinha com tanto prazer que todos ficávamos com vontade de ajudar. Não havia preocupação com bagunças, éramos livres para fazer tudo que queríamos na cozinha. Minha mãe fazia massa para fritar, parecido com bolinhos de chuva, cabia a nós dar formato a massa, fazíamos formatos de rosca, em oito, em letras, era divertido e tomávamos com chá. A mesa era decorada com brinquedos, bolinhos fritos, biscoitos de gengibre perfumados, torradas, pães e bolos cozidos no vapor, manteiga fresca e geléia de cenoura com maçã. (Ninjin Jamu).

Minha mãe não cozinhava bem, mas nos deixou saudades também na culinária, como um bolo duro e pouco crescido, arroz severamente empapado, legumes ligeiramente queimados e um bolo de fubá que só ela sabia fazer, no vapor. Mamãe tinha uma admiração imensa pelo Brasil e sua culinária. Simpatizava demais com o povo lutador e solidário que é o povo brasileiro. Sinto saudades de sua comida e dos seus sorrisos, sempre presente em meio à luta que foi educar todos os filhos. Ficou viúva e se casou mais três vezes, rsss, era uma mulher muito bonita.

Espero ter passado um pouco da comida japonesa para contribuir com esta reunião de especialidades.

Um grande beijo!

*Muito obrigada pelo comentário bonito Julian!

*Obrigada pela bela acolhida Mel! Foi uma honra participar desta festa eclética e saborosa!

Foi como ler um livro de crônicas! Perguntas simpáticas que libertam os pensamentos são cada vez mais raras aqui no Yahoo, fiquei grata por poder me aproveitar da sua.

Confesso meu espanto com a afeição demonstrada nas respostas de cada um! Adorei com toda a certeza a respostas de todos igualmente, dos comentários do Douglas, da comovente Pink, do simpático Julian que comentou muito bem sobre a sensualidade na resposta linda da Bianchini, da lembrança bonita do Kaka com o sofrido povo carioca, que este ano passou por tantas provações. A Ivone retratou um pouco da minha infância também, enfim, ficaria horas para agradecer a você e a todos esta comunhão de confortos.

Pink eu preciso achar a receita e mando por e-mail e também coloco aqui na parte de mensagens extras, pois a pergunta se fecha brevemente. Obrigada pelo lindo comentário.

Beijos a todos!

OLA' MEL.

SEMPRE RECORDO DA MINHA INFÂNCIA NA FAZENDA DOS MEUS PAIS E LA' FABRICAVA RAPADURA, ENTÃO MEU PAI RETIRAVA O MELADO ANTES DE ENDURECER, PARA QUE

NOS CRIANÇAS COMESSEM COM MANDIOCA. ERA O Q NOS MAIS GOSTÁVAMOS

DE COMER NO CAFE' DA TARDE. LEMBRO-ME TBM A GELÉIA DE MOCOTO' Q A MINHA

MÃE NOS DAVA PARA QUE A GENTE FICASSE UMAS CRIANÇAS "FORTES" (como dizia ela!)

NÃO SEI SE ALGUÉM AQUI CONHECE UM VEGETAL DE NOME "MACHICHE", NAO? ELE TBM

ERA UM DOS MEUS FAVORITOS.

MAS NÃO POSSO ESQUECER-ME DE MENCIONAR AS "PAMONHAS" DA MINHA MÃE.

SO' DE PENSAR, MINHA BOCA ENCHE DE AGUA!!!!

SABE MEL, TUDO ISSO PRA MIM E' EXTRAORDINÁRIO.

Baccio da cookie

Oi Mel, recordar é comigo, e pratos de comida que me marcaram, foram vários, no entanto tentarei descrever o ambiente em volta desse petisco como seu conteúdo.

Sempre que o inverno chega, traz consigo o frio, e é esse mesmo frio que torna um simples almoço numa tentação de encher o estômago.

Lembro-me com saudade dos almoços em plena apanha da Azeitona, onde minha mãe tinha o cuidado de preparar uma bela refeição, com muitas calorias à mistura para podermos aguentar o frio. O local era sempre no campo, por baixo de uma oliveira e em volta de uma fogueira, cujas brasas provenientes serviam para assar o petisco: costelas de porco, lingüiça e alheiras de pão. Para acompanhar, um cacete de pão quentinho, acabado de sair da saia de minha vizinha Clotilde, aquela mulher tinha umas mãos, que só deus sabe como aquele pão era bom. A bebida para os homens era vinho tinto, e para as mulheres água, para mim era coca, adorava beber coca cola com uma costela assada no pão. A sobremesa era uma peça de fruta, e no final de tudo um café com leite oriundo de uma garrafa térmica que minha mãe pré-confeccionava em casa. Ora com todas estas iguarias no estômago era hora de voltar a pegar na vara e deitar cá para baixo as azeitonas, que dariam no futuro o aguardado azeite que minha mãe iria usar na cozinha.

Não sei por que, mas meu apetite no campo sempre foi grande, devia ser do frio e do cansaço, como gastava mais calorias precisava de repor mais rápido, e daí a fome.

Mas guardo com carinho aqueles momentos passados em baixo de uma oliveira enroscado no seu pé, sempre de bico aberto à espera do petisco...rs

BJk Mel.

Macarrão de parafuso com salsicha , comi muito em casa e na escola !

Bjokas