Brincadeira é coisa muito séria sim!!! è através do brincar que a criança explora o mundo e as diferentes hipóteses que ele oferece. Muitas vezes através da brincadeira a criança expõe experiências vividas, desejos e medos internos. Quando a criança vai para o mundo do faz de conta ela pode"fazer o que quiser e ser quem quiser" e é neste momento que podemos ler muito daquilo que talvez eles ainda não estejam preparados para expressar ou não queiram expressar. A brincadeira é o momento de botar os bichos para fora, de verbalizar medos e vontades e de ser aquilo que muitas vezes eles têm medo de ser ou acham que não estão preparados para ser.
A criança na sala de aula muitas vezes reproduz através do faz de conta o que é feito e visto em casa. Assim como, quando ela brinca de "escolinha" em casa ela reproduz o que é feito e vivenciado na escola. Por isso, muita muita atenção sempre que uma criança estiver brincando, pois esse momento além de sagrado e mágico pode lhe ajudar a ver com os "olhos de ver" a história daquela criança.
brincar é coisa séria em todas as idades. nunca devemos deixar de ser criança, bem lá no fundo ainda sou criança. e a brincadeira se torna uma terapia.
Enquanto brinca a criança tem a oportunidade de organizar seu mundo seguindo seus próprios passos e utilizando melhor seus recursos. Brincar é uma necessidade do ser humano; quando brinca ele pode aprender de um modo mais profundo, pode flexibilizar pensamentos, pode criar e re-criar seu tempo e espaço, consegue adaptar-se melhor às modificações na vida real podendo incorporar novos conhecimentos e atitudes.
Brincando a criança tem a oportunidade de experimentar o objeto de conhecimento, explorá-lo, descobri-lo, criá-lo. Nos momentos de brincadeira a criança pode pensar livremente, pode ousar, imaginar, nesta hora é livre para criar, não tem medo de errar, brinca com a possibilidade, a capacidade de lidar com símbolos aqui torna-se primordial, brincar e imaginar que um pedaço de pano é o que ele quer que seja.
Toquinho, em uma letra de música retrata muito bem o sentido simbólico de um brinquedo.
Um brinquedo...
O que é um brinquedo?
Duas ou três partes de plástico, de lata...
Uma matéria fria
Sem alegria
Sem história...
Mas não é isso, não é filho!
Porque você lhe dá vida
Você faz ele voar, viajar...
(TOQUINHO, 1987)
Brincar pode ser entendido como mudança de significado, como movimento, tem uma linguagem, é um projeto de ação. Brincando molda-se a subjetividade do ser humano, cunha-se a realidade, estabelece-se um tempo e espaço. Brincar é criar, criar uma forma não convencional de utilizar objetos, materiais, idéias, imaginar. É inventar o próprio tempo e espaço.
Brincando a criança pode agir numa esfera cognitiva, ela é livre para determinar suas próprias ações, é dona de seu destino, pode tomar decisões, pode comunicar-se. "O saber se constrói, fazendo próprio o conhecimento do outro." (FERNANDEZ, 1990, p. 165).
O conhecimento é construído quando se faz do conhecimento do outro o seu próprio conhecimento. Assim ao brincar pode-se construir simbolicamente e metaforicamente o mundo. É importante destacar que enquanto a criança brinca ela lida com a sua sexualidade, com seus impulsos agressivos, organiza suas relações emocionais. (WINNICOTT, 1971).
Poder brincar já é um processo terapêutico, brinca-se com o que não se pode entender, brinca-se para poder entender melhor e brinca-se para ressignificar a vida. Na brincadeira exercita-se cognitivamente, socialmente e efetivamente.
É possível através do modo como uma criança brinca, estabelecer o seu modo de aprender, pode-se notar a forma como vê o mundo, percebe-se como ela utiliza a inteligência, se pode jogar ou o que quer ocultar, pode-se observar sua relação com a aprendizagem, sua capacidade de argumentar, organizar, construir e significar.
[...] ao instrumentalizar o brincar no tratamento, criando-se um espaço compartilhado de confiança, pode-se ir modificando a rigidez ou estereotipia das modalidades de aprendizagem sintomáticas. (FERNANDEZ, 1990, p. 166).
Assim, a criança pode ir transformando seu modo de agir e pensar, pode recuperar o prazer de jogar, experimentar, estabelecer confiança e criar o seu próprio tempo e espaço.
Todo o referencial teórico aqui abordado vem de encontro à minha própria necessidade e incorporá-lo, em mim mesma, para o exercício do meu trabalho. É assim que em sala de aula atento-me para: saber ver/ouvir, conhecer e reconhecer a criança (rotina frente aos seus ambientes solicitadores: família, escola, sociedade), autoquestionamento, (reconhecimento das mudanças operadas frente ao outro, qualificações vinculares do que é próprio de mim mesmo e o que é próprio do aluno em si e em mim). Busca de não rigidez na execução de um plano de aula, buscando melhorar a receptividade por parte de cada criança.
O papel da professora em sala de aula com atitudes, minimamente de "suficientemente boa" por vezes com exigências, por vezes com muita flexibilidade, de forma a permitir um "ir e vir" na busca a construção do conhecimento e não somente a simples informação. São ilustrativas algumas falas de "minhas crianças", que me dirigem de diferentes formas, algumas alusivas à pessoa que pode protegê-las com os limites necessários e que encontram acolhimento em suas reações afetivas (agressivas e carinhosas): "Eu queria tanto que você fosse minha mãe". "Tia, você é tão engraçada". "Você é chata". "Você não me manda". "A tia tem razão". "Tia, me ajuda"...
Inicialmente foi abordado o tema procurando estabelecer a construção do saber quando o sujeito age sobre o seu conhecimento. Ele aprende, constrói e usa o que aprendeu em diferentes situações, agindo e modificando a si e ao meio. O sujeito que aprende, que constrói conhecimento é um ser social, afetivo e cognitivo. Para aprender, para construir conhecimento, o sujeito precisa eleger um objeto e então agir sobre ele.
A seguir foi retratado o lugar do corpo na aprendizagem e conclui que é pelo corpo e com o corpo que o ser humano percebe objetos que o cercam. Que o corpo seria o mediador entre o organismo e o mundo. Toda e qualquer aprendizagem é vivenciada, registrada, guardada e memorizada pelo corpo.
A pesquisa busca categorizar o lugar do brincar na aprendizagem. Brincar é um espaço privilegiado, proporciona à criança, como sujeito, a oportunidade de viver entre o princípio do prazer e o princípio da realidade. Brincando a criança vai, lentamente, estabelecendo vínculos, brincando com os objetos externos e internos num processo de trocas intensas com a realidade e com a fantasia. (OLIVEIRA, 1998).
Brincar faz parte da formação da criança e que está se perdendo. As crianças estão se tornando adultos cada vez mais rápido, tem preocupções e não brincam mais.
Estão perdendo a infância.
Mas tbm é importante para os adultos, afinal é bom descontrair.
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Brincadeira é coisa muito séria sim!!! è através do brincar que a criança explora o mundo e as diferentes hipóteses que ele oferece. Muitas vezes através da brincadeira a criança expõe experiências vividas, desejos e medos internos. Quando a criança vai para o mundo do faz de conta ela pode"fazer o que quiser e ser quem quiser" e é neste momento que podemos ler muito daquilo que talvez eles ainda não estejam preparados para expressar ou não queiram expressar. A brincadeira é o momento de botar os bichos para fora, de verbalizar medos e vontades e de ser aquilo que muitas vezes eles têm medo de ser ou acham que não estão preparados para ser.
A criança na sala de aula muitas vezes reproduz através do faz de conta o que é feito e visto em casa. Assim como, quando ela brinca de "escolinha" em casa ela reproduz o que é feito e vivenciado na escola. Por isso, muita muita atenção sempre que uma criança estiver brincando, pois esse momento além de sagrado e mágico pode lhe ajudar a ver com os "olhos de ver" a história daquela criança.
brincar é coisa séria em todas as idades. nunca devemos deixar de ser criança, bem lá no fundo ainda sou criança. e a brincadeira se torna uma terapia.
Enquanto brinca a criança tem a oportunidade de organizar seu mundo seguindo seus próprios passos e utilizando melhor seus recursos. Brincar é uma necessidade do ser humano; quando brinca ele pode aprender de um modo mais profundo, pode flexibilizar pensamentos, pode criar e re-criar seu tempo e espaço, consegue adaptar-se melhor às modificações na vida real podendo incorporar novos conhecimentos e atitudes.
Brincando a criança tem a oportunidade de experimentar o objeto de conhecimento, explorá-lo, descobri-lo, criá-lo. Nos momentos de brincadeira a criança pode pensar livremente, pode ousar, imaginar, nesta hora é livre para criar, não tem medo de errar, brinca com a possibilidade, a capacidade de lidar com símbolos aqui torna-se primordial, brincar e imaginar que um pedaço de pano é o que ele quer que seja.
Toquinho, em uma letra de música retrata muito bem o sentido simbólico de um brinquedo.
Um brinquedo...
O que é um brinquedo?
Duas ou três partes de plástico, de lata...
Uma matéria fria
Sem alegria
Sem história...
Mas não é isso, não é filho!
Porque você lhe dá vida
Você faz ele voar, viajar...
(TOQUINHO, 1987)
Brincar pode ser entendido como mudança de significado, como movimento, tem uma linguagem, é um projeto de ação. Brincando molda-se a subjetividade do ser humano, cunha-se a realidade, estabelece-se um tempo e espaço. Brincar é criar, criar uma forma não convencional de utilizar objetos, materiais, idéias, imaginar. É inventar o próprio tempo e espaço.
Brincando a criança pode agir numa esfera cognitiva, ela é livre para determinar suas próprias ações, é dona de seu destino, pode tomar decisões, pode comunicar-se. "O saber se constrói, fazendo próprio o conhecimento do outro." (FERNANDEZ, 1990, p. 165).
O conhecimento é construído quando se faz do conhecimento do outro o seu próprio conhecimento. Assim ao brincar pode-se construir simbolicamente e metaforicamente o mundo. É importante destacar que enquanto a criança brinca ela lida com a sua sexualidade, com seus impulsos agressivos, organiza suas relações emocionais. (WINNICOTT, 1971).
Poder brincar já é um processo terapêutico, brinca-se com o que não se pode entender, brinca-se para poder entender melhor e brinca-se para ressignificar a vida. Na brincadeira exercita-se cognitivamente, socialmente e efetivamente.
É possível através do modo como uma criança brinca, estabelecer o seu modo de aprender, pode-se notar a forma como vê o mundo, percebe-se como ela utiliza a inteligência, se pode jogar ou o que quer ocultar, pode-se observar sua relação com a aprendizagem, sua capacidade de argumentar, organizar, construir e significar.
[...] ao instrumentalizar o brincar no tratamento, criando-se um espaço compartilhado de confiança, pode-se ir modificando a rigidez ou estereotipia das modalidades de aprendizagem sintomáticas. (FERNANDEZ, 1990, p. 166).
Assim, a criança pode ir transformando seu modo de agir e pensar, pode recuperar o prazer de jogar, experimentar, estabelecer confiança e criar o seu próprio tempo e espaço.
Todo o referencial teórico aqui abordado vem de encontro à minha própria necessidade e incorporá-lo, em mim mesma, para o exercício do meu trabalho. É assim que em sala de aula atento-me para: saber ver/ouvir, conhecer e reconhecer a criança (rotina frente aos seus ambientes solicitadores: família, escola, sociedade), autoquestionamento, (reconhecimento das mudanças operadas frente ao outro, qualificações vinculares do que é próprio de mim mesmo e o que é próprio do aluno em si e em mim). Busca de não rigidez na execução de um plano de aula, buscando melhorar a receptividade por parte de cada criança.
O papel da professora em sala de aula com atitudes, minimamente de "suficientemente boa" por vezes com exigências, por vezes com muita flexibilidade, de forma a permitir um "ir e vir" na busca a construção do conhecimento e não somente a simples informação. São ilustrativas algumas falas de "minhas crianças", que me dirigem de diferentes formas, algumas alusivas à pessoa que pode protegê-las com os limites necessários e que encontram acolhimento em suas reações afetivas (agressivas e carinhosas): "Eu queria tanto que você fosse minha mãe". "Tia, você é tão engraçada". "Você é chata". "Você não me manda". "A tia tem razão". "Tia, me ajuda"...
Inicialmente foi abordado o tema procurando estabelecer a construção do saber quando o sujeito age sobre o seu conhecimento. Ele aprende, constrói e usa o que aprendeu em diferentes situações, agindo e modificando a si e ao meio. O sujeito que aprende, que constrói conhecimento é um ser social, afetivo e cognitivo. Para aprender, para construir conhecimento, o sujeito precisa eleger um objeto e então agir sobre ele.
A seguir foi retratado o lugar do corpo na aprendizagem e conclui que é pelo corpo e com o corpo que o ser humano percebe objetos que o cercam. Que o corpo seria o mediador entre o organismo e o mundo. Toda e qualquer aprendizagem é vivenciada, registrada, guardada e memorizada pelo corpo.
A pesquisa busca categorizar o lugar do brincar na aprendizagem. Brincar é um espaço privilegiado, proporciona à criança, como sujeito, a oportunidade de viver entre o princípio do prazer e o princípio da realidade. Brincando a criança vai, lentamente, estabelecendo vínculos, brincando com os objetos externos e internos num processo de trocas intensas com a realidade e com a fantasia. (OLIVEIRA, 1998).
Abraços
Com certeza, principalmente para as crianças.
Brincar faz parte da formação da criança e que está se perdendo. As crianças estão se tornando adultos cada vez mais rápido, tem preocupções e não brincam mais.
Estão perdendo a infância.
Mas tbm é importante para os adultos, afinal é bom descontrair.
Toda criança deve ter seu espaço para brincar naturalmente
muito de sua formação depende do desenvolvimento em brincadeiras
e também brincar ao ambiente natural,terra areia matas
ajuda a desenvolver seus anti corpos
Brincar para criança é brincadeira, mas para adulto pode ser brincadeira ou pode ser coisa séria...
Claro que sim, é já na infância que se forma um caráter.
com certeza
Principalmente para as Crianças.
abraços
@
Claro que sim