A POLÊMICA DA TRAIÇÃO?

Tem aquele ditado que diz que todo mundo já traiu (ou vai trair) e já foi (ou será) traído. Traição, de fato, é uma praga que não escolhe a vítima por sexo, cor, religião ou seja o que for. Pode mesmo pegar desprevenido - ou nem tanto - qualquer um. É o que os números comprovam.

De acordo com uma recente pesquisa realizada, 54% da população feminina no Brasil conheceram de perto, pelo menos uma vez, a dor da infidelidade. Mesmo entre as que se consideram 'salvas', 25% delas não têm certeza, mas desconfiam. Não contribui o fato de que apenas 13% dos infiéis confessam a verdade: a ajuda de terceiros ou investigações próprias representam até 46% das descobertas das traições.

TESTE: Será que você está sendo traída?

Este foi o caso de uma executiva de televisão no Brasil que descobriu, há alguns anos, que o ex-marido pulava a cerca através de e-mails deixados no lixo do computador. "O que mais detesto é que dizem que quem é traído 'não quis ver a verdade'", diz ela, que prefere não se identificar. "Eu fiz meus votos de casamento consciente: na saúde e na doença. Não via motivos para nenhum dos dois mentir". O fim do casamento foi imediato e acredita que teria tomado a mesma decisão se tivessem filhos. 40% das brasileiras que participaram da pesquisa concordam com esta atitude, que é mais popular entre as que acreditam nunca terem sido traídas: 60% delas seguiriam o exemplo.

Pela família

Entre as mulheres casadas, a tendência mais forte é da tolerância e do perdão, o que colocam as brasileiras mais alinhadas com Hillary Clinton, Secretária de Estado americana, do que com as atrizes do cinema. Traída tão publicamente como Sandra Bullock (a atriz foi trocada pela stripper Kat Von D), talvez mais humilhada, Hillary perdoou o marido, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e continua com ele até hoje. No Brasil, 66% das mulheres traídas dizem fazer o mesmo, ainda que 74% delas concordem que a felicidade do casamento fique seriamente comprometida. A tolerância está diretamente ligada à família: 46% delas têm filhos.

A decisão depende dos planos que o casal e, mais especificamente, a pessoa quer daquele relacionamento. Conheço casais que conseguiram superar a crise, como se a traição tivesse sido provocada por algo que evitavam discutir, mas que em prol do que planejaram quando decidiram ficar juntos, ou pelos filhos, valeria a pena enfrentar, perdoar. Não há - e nem deve haver - regras para a decisão de perdoar ou separar.

Se no passado a traição era mais comum do lado dos homens, hoje tem a impressão do cenário ser diferente. As estatísticas confirmam. De acordo com a pesquisa, 48% das mulheres confessam que deram suas escapadas, mas, ao contrário dos parceiros, 74% delas nunca foram desmascaradas. Poucas vão além de um encontro pontual, apenas 9% assumem manter um amante.

Faça o que eu digo...

Das mulheres que não perdoam se forem traídas, 54% sustentam que a traição feminina é diferente da masculina. Embora 84% defendam a ideia de que trair é uma opção possível de ser evitada, a imaginação, aparentemente, não conta como traição. Entre as mulheres que são fiéis, 61% já consideraram mudar este status um dia.

Curiosidade, busca de novas experiências, vingança e paixão são das muitas razões que levam uma mulher a ser infiel. Mas a coisa em comum, apontada como maior motivo e principal consequência da traição foi uma só: 'infelicidade'.

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