A fé do acreditar, custe o que custar; do depositar a confiança em milagres, do não questionar a si mesmo ou à realidade, independente do que gere... é bastante interessante de ser cultivada e aproveitada, quando muito mais serve a intentos particulares e à estagnação, que ao movimento necessário para que se alcance qualquer objetivo comum.
A propensão ao otimismo ou à esperança benéfica em seu cerne, acaba deturpada em um mundo em que transtornos da fé nos levam às maiores loucuras, desde lavar as mãos compulsoriamente por acreditar que estão sujas, até votar consecutivamente em quem nos assola e destrói.
Se viver, de certa forma, é dançar à beira de infinitas possibilidades, a fé cega nos leva a criar e sustentar o abismo que nos mantém reféns do medo e à beira do colapso.
A fé em raiz ou dotada do atributo "shraddha", o sentimento mais puro e íntimo consolidado, nos impele e orienta em direção ao conhecimento.
A fé dogmatizada, teoriza, sistematiza, reproduz e não expressa a si mesma como um meio para o conhecimento em si, a própria alma do conhecimento.
A fé que se traduz na busca pelos indícios que a própria natureza se incumbe de nos ofertar na senda do aprendizado, a que avalia e não se limita apenas ao óbvio, esta é a legítima e que combate ao ceticismo irracional e arrogante que exige por provas ainda que todas as evidências estejam dispostas bem à nossa frente.
Seria a contradição entre o sentimento mais puro, o da confiança, e o mais egoísta, o de se assegurar na vantagem haja o que houver.
Com isso surgem duas quimeras que se sustentam na contradição interna e constante:
A primeira na suposição de um objetivo benigno para o mundo gerado por uma força maior.
A segunda, que essa força maior tenha um lado ao invés de suportar a manter a todos, sejam quais forem.
Essa dualidade será sempre mantida pelo sentimento maior de auto preservação que ora samba de um lado, ora do outro sem nunca assumir uma postura coerente diante de tão contraditórias oportunidades.
O Homem que quer ser o queridinho do Criador é o carrasco do seu irmão que, em tese, abandonou a casa do Pai.
Humberto Rodhen, um grande pensador brasileiro, estudioso da Bíblia, aprendeu grego e latim, para compreender melhor as Sagradas Escrituras Cristãs, sob uma perspectiva linguística. Ele dizia que, os Evangelhos originais haviam sido escritos em grego para depois ser traduzidos para o latim. Neste caso, considerava que um importante erro de tradução ocorreu. No idioma grego original, o verbo "fides" significava algo como "sintoniza", ou "fidelizar". Contudo, dentro de um trecho muito famoso, por falta de uma palavra com o mesmo significado em latim, foi substituído por "crere" na tradução, que significava"acreditar", e resultando na máxima: "Quem crer será salvo."
Segundo Rodhen, esse equívoco foi prejudicial para o entendimento da religião cristã, pois reduziu a sintonia com Deus ao simples acreditar. Nesse caso, crer e sintonizar são termos que nos remetem a situações bem diferentes. Dentro de um contexto mais amplo, independente de denominação religiosa, creio que fé significa a sintonia com os seus ideais, com o universo e com Deus, algo muito mais profundo do que o simples acreditar. Crer, até um assassino pode crer e, independente desta crença, continuar a cometer inúmeras barbaridades.
É um atributo personalizado, no mundo do personalíssimo, como uma característica mesmo e como a cor, pode ser alterada ao longo da vida, como também o sexo, mas radicalizando o indivíduo a si mesmo.
A fé é como mesmo a cor e o sexo humano, como definição do valor, que não é um atributo, mas um direito de cada um.
A fé não depende de nada, nem de ídolos nem de ciência, mas de sentimento, é um encontro do ser humano conhecendo a ele mesmo e quando se dispõe a compreender mesmo a si, então o ser se compreende como idêntico, e não apenas semelhante, num mundo onde NADA se repete (o pé da esquerda nunca será igual ao da direita), reconhecer a si mesmo como igual a bilhões de outros e cada um deles completamente diferente de cada outro, acaba mesmo é se sentindo como se vivesse num mundo outro, ligeiramente mais elevado.
Depois de ter vivido, aprendido e estudado de tudo, consegui por cada coisa em seu lado. As religiões de um lado... Os sinais de Deus do outro... Os pecados de um lado... A fé em outro O que há por trás de igrejas de um lado... O que penso que de fato o Pai queira, do outro. Acabou.... Hoje tenho uma fé inabalável. Só isso.
Esse Nietzsche...dance ele na beira do abismo então....rs....Gosto muito de uma frase que diz assim: "Faça a sua parte e o Senhor fará o restante"...como não sabemos qual é a nossa parte, vamos fazendo...fazendo obstinadamente,pois a força virá Dele, para que possamos perseverar naquilo em que acreditamos.Essa metáfora de dançar na beira do abísmo, não vejo propósito nisso, pois quem cre jamais dançará na beira desse abismo, isso seria tripudiar, desafiar, os passos de quem cre são firmes e conseguem detectar guiado por uma força maior, a proximidade desse abismo e os passos se desviarão do mesmo. Espero que tenha entendido meu meu raciocínio?
Answers & Comments
Verified answer
A fé do acreditar, custe o que custar; do depositar a confiança em milagres, do não questionar a si mesmo ou à realidade, independente do que gere... é bastante interessante de ser cultivada e aproveitada, quando muito mais serve a intentos particulares e à estagnação, que ao movimento necessário para que se alcance qualquer objetivo comum.
A propensão ao otimismo ou à esperança benéfica em seu cerne, acaba deturpada em um mundo em que transtornos da fé nos levam às maiores loucuras, desde lavar as mãos compulsoriamente por acreditar que estão sujas, até votar consecutivamente em quem nos assola e destrói.
Se viver, de certa forma, é dançar à beira de infinitas possibilidades, a fé cega nos leva a criar e sustentar o abismo que nos mantém reféns do medo e à beira do colapso.
A fé em raiz ou dotada do atributo "shraddha", o sentimento mais puro e íntimo consolidado, nos impele e orienta em direção ao conhecimento.
A fé dogmatizada, teoriza, sistematiza, reproduz e não expressa a si mesma como um meio para o conhecimento em si, a própria alma do conhecimento.
A fé que se traduz na busca pelos indícios que a própria natureza se incumbe de nos ofertar na senda do aprendizado, a que avalia e não se limita apenas ao óbvio, esta é a legítima e que combate ao ceticismo irracional e arrogante que exige por provas ainda que todas as evidências estejam dispostas bem à nossa frente.
Grande abraço.
Seria a contradição entre o sentimento mais puro, o da confiança, e o mais egoísta, o de se assegurar na vantagem haja o que houver.
Com isso surgem duas quimeras que se sustentam na contradição interna e constante:
A primeira na suposição de um objetivo benigno para o mundo gerado por uma força maior.
A segunda, que essa força maior tenha um lado ao invés de suportar a manter a todos, sejam quais forem.
Essa dualidade será sempre mantida pelo sentimento maior de auto preservação que ora samba de um lado, ora do outro sem nunca assumir uma postura coerente diante de tão contraditórias oportunidades.
O Homem que quer ser o queridinho do Criador é o carrasco do seu irmão que, em tese, abandonou a casa do Pai.
Fé, o risco de ser injusto buscando a justiça.
Humberto Rodhen, um grande pensador brasileiro, estudioso da Bíblia, aprendeu grego e latim, para compreender melhor as Sagradas Escrituras Cristãs, sob uma perspectiva linguística. Ele dizia que, os Evangelhos originais haviam sido escritos em grego para depois ser traduzidos para o latim. Neste caso, considerava que um importante erro de tradução ocorreu. No idioma grego original, o verbo "fides" significava algo como "sintoniza", ou "fidelizar". Contudo, dentro de um trecho muito famoso, por falta de uma palavra com o mesmo significado em latim, foi substituído por "crere" na tradução, que significava"acreditar", e resultando na máxima: "Quem crer será salvo."
Segundo Rodhen, esse equívoco foi prejudicial para o entendimento da religião cristã, pois reduziu a sintonia com Deus ao simples acreditar. Nesse caso, crer e sintonizar são termos que nos remetem a situações bem diferentes. Dentro de um contexto mais amplo, independente de denominação religiosa, creio que fé significa a sintonia com os seus ideais, com o universo e com Deus, algo muito mais profundo do que o simples acreditar. Crer, até um assassino pode crer e, independente desta crença, continuar a cometer inúmeras barbaridades.
Um salto no escuro!
Veja o que é><https://www.youtube.com/watch?v=9i9wtJzok4U
As vezes na vida, nós nos sentimos acorrentados. Sem sequer sabermos, que temos a chave.
A fé é como a cor, o sexo do indivíduo.
É um atributo personalizado, no mundo do personalíssimo, como uma característica mesmo e como a cor, pode ser alterada ao longo da vida, como também o sexo, mas radicalizando o indivíduo a si mesmo.
A fé é como mesmo a cor e o sexo humano, como definição do valor, que não é um atributo, mas um direito de cada um.
A fé não depende de nada, nem de ídolos nem de ciência, mas de sentimento, é um encontro do ser humano conhecendo a ele mesmo e quando se dispõe a compreender mesmo a si, então o ser se compreende como idêntico, e não apenas semelhante, num mundo onde NADA se repete (o pé da esquerda nunca será igual ao da direita), reconhecer a si mesmo como igual a bilhões de outros e cada um deles completamente diferente de cada outro, acaba mesmo é se sentindo como se vivesse num mundo outro, ligeiramente mais elevado.
É nobreza de alma, eu diria, a fé elevada.
E não importa, repare, se Deus existe.
A fé é maior que isso.
Depois de ter vivido, aprendido e estudado de tudo, consegui por cada coisa em seu lado. As religiões de um lado... Os sinais de Deus do outro... Os pecados de um lado... A fé em outro O que há por trás de igrejas de um lado... O que penso que de fato o Pai queira, do outro. Acabou.... Hoje tenho uma fé inabalável. Só isso.
Esse Nietzsche...dance ele na beira do abismo então....rs....Gosto muito de uma frase que diz assim: "Faça a sua parte e o Senhor fará o restante"...como não sabemos qual é a nossa parte, vamos fazendo...fazendo obstinadamente,pois a força virá Dele, para que possamos perseverar naquilo em que acreditamos.Essa metáfora de dançar na beira do abísmo, não vejo propósito nisso, pois quem cre jamais dançará na beira desse abismo, isso seria tripudiar, desafiar, os passos de quem cre são firmes e conseguem detectar guiado por uma força maior, a proximidade desse abismo e os passos se desviarão do mesmo. Espero que tenha entendido meu meu raciocínio?
Sem tempo agora pra música, mas saio cantando
"Andar com fé eu vou com fé não costuma "Faiá"
bjoos
Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou.